EUA: execução de condenado é suspensa diante de nova evidência de DNA
O governador Eric Greitens suspendeu a execução de Marcellus Williams, 48 anos, que foi condenado por esfaquear mais de 40 vezes uma mulher enquanto roubava a residência da vítima, no estado de Missouri.
Sua execução estava prevista para as 23H00 GMT (20H00 de Brasília), por injeção letal.
Sua defesa alega que em uma nova perícia feita na arma utilizada para cometer o assassinato foi encontrado o DNA de outra pessoa que não o de Williams. As provas de DNA não estavam disponíveis na época do julgamento.
“A evidência de DNA neste caso apresenta uma informação realmente convincente (…) de que Marcellus Williams é inocente do crime”, escreveu o seu advogado Kent Gibson à Corte na segunda-feira (22).
“Para aplicar a pena de morte, o povo de Missouri deve ter certeza do critério de culpabilidade”, comunicou o governador.
Os procuradores do estado afirmam que há provas suficientes para assegurar a culpabilidade de Williams, incluindo os objetos pessoais da vítima encontrados no veículo do condenado, além da existência de duas testemunhas que declararam que Williams confessou o assassinato.
Gipson havia requisitado à Suprema Corte dos Estados Unidos a suspensão da execução até que a nova evidência seja completamente comprovada, ainda que o Tribunal Superior de Missouri tenha negado na semana anterior uma solicitação similar.
Um grupo de opositores pretendia protestar contra a pena de morte nesta terça-feira em vários locais do estado americano. Argumentam que a raça foi um fator determinante na condenação de Williams, que é negro.
Uma petição online na qual pede-se que o governador impeça a execução, e que já contava com mais de 187.000 assinaturas, foi entregue ao escritório do governo do estado nesta terça-feira.